quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não! A gente não é um produto daqueles que se encontra na prateleira. Pelo menos, não eu. Eu não sou um pacote pronto onde só cabem 100 gramas de carinho ou meio quilo de raiva. Até porque tem dias que eu quero mais é encher o pacotinho de amor, até esborrotar. Mas também, tem aqueles dias em que só o coração bate, ou aqueles outros em que a ira toma conta e a vontade é matar o primeiro que olhar torto.
Mas essa é a graça da vida, né? Porque não seria legal ser sempre a mesma pessoa, em qualquer situação. É bom perceber que aquele sentimento pequeno, que a gente tinha na adolescência ficou para trás. E hoje, adulta, é capaz de sentir melhores coisas.
E o que seria de nós se não existisse uma segunda chance? Ou se, realmente, a primeira impressão é aquela que fica? Perderíamos tantos bons amigos, deixaríamos de viver tantos bons momentos... Só porque, na primeira vez, aquele (a) fulaninho (a) não foi assim tão legal como nós achamos que deveria ser?
Felizmente, não somos iguais. Viva a diversidade das pessoas. Eu gosto de rosa, você de amarelo e a outra pessoa gosta de verde-limão-neon. A outra pessoa gosta de forró, você gosta de lírico e eu de samba. A outra pessoa não faz questão de agradar, eu sou o meio termo e você é a simpatia em forma de gente.
E daí que são criaturas completamente diferentes uma da outra? Quando existe sentimento, de verdade mesmo, a gente sempre tenta entender e aceitar cada um como é. Porque amizade/amor também está nisso. Aceitar o outro com os inúmeros defeitos e as poucas qualidades. Mas isso sou eu que acho, né? E cada um tem os seus pensamentos e suas opiniões. Não sou aquela metamorfose ambulante como canta Raul, o Seixas. Mas também não sou um pacotinho pronto, exposto na prateleira.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jornalismo

"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Gabriel Garcia Marques

sábado, 6 de novembro de 2010

Galanteios e graças já não me abalam mais.
Mas palavras atenciosas e-aparentemente- sinceras me abalam
Carinho no rosto, alisado nos cabelos me abalam
Possibilidade de ser feliz também me abala
E eu não seria eu, se não tentasse mais uma vez
Porque aprendi com uma amiga que quando a gente segue o coração está fazendo o certo
Não o certo para o mundo, mas o certo para mim
Mesmo que depois eu descubra que o certo não era tão certo. Nem para mim, nem para o mundo.
Porque essa mesma amiga ensinou que a vida é feita de escolhas certas e erradas e que a gente tem um coração grande e consegue bancá-lo
Então... Vamos viver tudo que há para viver.