Dia desses peguei a Princesa pensando em como os relacionamentos estão modernos. Parece até que não existe mais o namoro. Só pegação! Ela bem que tenta se adaptar a essas mudanças, mas não consegue.
Pensando nisso, lembrei de um texto de Danusa Leão, que fala sobre o medo das pessoas em assumir um compromisso, um relacionamento mais sério.
Resolvi colocar o texto na íntegra. Apesar de dar boas risadas, ela sempre fica triste quando ler. Talvez porque seja tudo verdade.
NAMOROFOBIA
(Danusa Leão)
(Danusa Leão)
A praga da década são os namorofóbicos. Homens (e mulheres) estão cada vez mais arredios ao título de namorado, mesmo que, na prática, namorem.Uma coisa muito estranha. Saem, fazem sexo, vão ao cinema, freqüentam asrespectivas casas, tudo numa freqüência de namorados, mas não admitem.Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não criarjurisprudência, como se diria em juridiquês.Podem sair várias vezes numa semana, mas aí tem que dar uns intervalosregulamentares, que é para não parecer namoro.- É tua namorada? - Não, a gente tá ficando. - Ficando aonde, cara pálida?Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como se o títulofizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de propriedade.Devem temer que ao chamar de namorada (o) a criatura se transforme numadominadora sádica, que vai arrastar a presa para o covil, fazer enxoval,comprar alianças, apresentar para a parentada toda e falar de casamento -não vai. Não a menos que seja um (a) psicopata. Mais pata que psico.Namorar é leve, é bom, é gostoso. Se interessar pelo outro e ligar pra verse está tudo bem, pode não ser cobrança, pode ser saudade, vontade de estarjunto, de dividir.A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar denamorado. Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (hámeses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO.Antes, o problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo!Desafasta.Agora é o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda aleveza do mundo.Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que possadurar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber onome.Do que o medo? Da responsabilidade? Da cobrança? De gostar?Sempre que a gente se envolve com alguém tem que ter cuidado...Não é porque 'a gente tá ficando' que não se deve respeito, carinho ecuidado. Não é porque 'a gente tá ficando' que voce vai para cama num dia eno outro finge que não conhece e isso não dói ou que não é filhadaputice.Não é porque 'a gente tá ficando' que o outro passa a ser mais um número norol das experiências sexuais - e só.Ou é? Tô ficando velha? Se estiver, paciência.
Comigo, só namorando!!!
Comigo, só namorando!!!
Adorei o post!
ResponderExcluire também me faço (sempre) essa pergunta: será que estou ficando velha??
kkkkkkkkkk
bjo
A minha pergunta é outra... por que não assumir que estou namorando? Também digo de tudo, faço cara de paisagem, o "ficante" afirma que diz a todo mundo que está namorando etc mas eu fico na corda bamba. Realmente, tudo isso me apavora!!!!!
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